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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Teor alcoólico, equilíbrio e sabor:


Um dos objetivos deste blog é acabar com vários mitos sobre a cerveja que estão fomentados na mente da pessoas. Um deles é a confusão entre a complexidade  e equilíbrio do sabor e o teor alcoólico. É muito comum ouvir falar nos botecos uma velha discussão sobre qual cerveja seria a mais "forte", com intuito de  se afirmar qual seria a mais inebriante. Sendo que todas as opções de cervejas disponíveis no boteco possuem o mesmo teor ou uma diferença imperceptível mesmo aos paladares mais apurados. Outro frequente equívoco é associar características como amargor ou adstringência com a "força" da cerveja, quando na verdade o equilíbrio entre os ingredientes é a fórmula para uma cerveja se tornar mais ou menos fácil de ser bebida, ou , mais ou menos agressiva ao paladar menos treinado. Dependendo de sua composição temos cervejas com elevado teor alcoólico, mas com sabor doce, com predominância dos maltes, e cervejas amargas e/ou adstringentes mas com uma pequena proporção alcoólica.

Ronaldo Morado elucida em seu livro "Larousse da cerveja":

O álcool geralmente não é percebido quando em quantidades inferiores a 6% por volume. Em concentrações baixas ele favorece o sabor e intensifica certos aromas e perfumes.

O Brasil, devido ao seu clima e cultura cervejeira, produz poucos exemplares com alto teor de álcool como a  Baden Baden Red Ale e a Perigosa IPA com 9,2%, a Eisenbahn Lust com 11%, ou a artesanal Anner maria degolada special  com 14%, cervejas as quais o sabor do álcool passa despercebido em algumas ou fica evidente em outras.

Hoje, têm-se como valores para avaliação os seguintes dados:

- Sem álcool: menos de 0,5%.
- Baixo teor: entre 0,5 e 2,0%.
- Médio teor: entre 2,0 e 4,5%.
- Alto teor: entre 4,5 ou mais.

O teor é obtido durante o processo de fermentação, onde ocorre a transformação através das leveduras de açúcares  em CO² e Etanol. É comum ocorrer a refermentação na garrafa para se conseguir níveis mais altos e sabores mais pronunciados. O percentual de álcool influencia mais na transformação dos sabores do que na sua própria aparição dentro deles. Sua presença  de forma demasiada no sabor pode ofuscar outras características do líquido a ser bebido. Existem boas cervejas com alto teor e com poucas notas de álcool no paladar como a Eisenbahn Strong Golden Ale com 8,5%, onde predominam lúpulo, malte e as especiarias, depois o álcool.

O sabor de uma cerveja se dá pelo conjunto de vários fatores como o processo fermentação, materiais usados: lúpulo, malte, cevada, etc. A quantidade desse extrato também é fator importante, são consideradas da seguinte forma:

- Cerveja leve, a que apresentar extrato primitivo igual ou superior a 5% e inferior a 10,5%.

- Cerveja comum, a que apresentar extrato primitivo igual ou superior a 10,5% e inferior a 12,5%.

- Cerveja extra, a que apresentar extrato primitivo igual ou superior a 12,5% e inferior a 14,0%.

- Cerveja forte, a que apresentar extrato primitivo igual ou superior a 14,0%.

 Assim, na maioria dos casos, a quantidade de álcool não é a maior influencia no sabor, sendo apenas mais um elemento característico, que pode acrescentar ao líquido características mais quentes ou picantes.

Com esse falso conceito quebrado, neste site 50 Strongest Beers In The World , pode-se conhecer uma lista das cervejas mais embriagantes do mundo.


Uma das mais potentes neste quesito é a  Sink the Bismarck, produzida pela BrewDog possui incríveis 41% ABV! Ela pode derrubar facilmente o mais hábil bebedor de pinga! Seu nome significa "afunde o Bismarck", referência a um navio alemão da segunda guerra, que também intitulou um filme inglês na década de 60. Ela pode ser adquirida no site do fabricante (http://www.brewdog.com/) por £40.00.

A atual campeão é também de uma cervejaria escocesa, a Brewmesiter, ela está lançando uma cerveja com 65% de álcool – o nome, sugestivo e quase redundante, é Armageddon. 

"O líquido é um pouco mais viscoso que o normal e a receita leva malte caramelo, trigo, aveia em flocos e água de nascente. O segredo para a quantidade ignorante de álcool não está nos ingredientes, mas em um pequeno detalhe do processo de fabricação: em dado momento, a mistura toda vai pro freezer e como a água congela, mas o álcool não, o excesso de água é retirado, fazendo com que a porcentagem de álcool dispare." 

Como toda boa cerveja, deve ser degustada atenciosamente e com moderação.

domingo, 8 de agosto de 2010

DaDo Bier Belgian Ale


Saboreada na noite de ontem na Erik House beer's. É uma Belgian Ale "abrasileirada", com menos sabor nas especiarias e mais no lúpulo e maltes. Ela contém 5 tipos de malte e lúpulo importado da Bélgica. Na sua fabricação a DaDo Bier usou dupla fermentação e não adicionou açúcar para atingir a marcar dos 8,5% de álcool. Sua coloração é dourada e turva devido a não filtragem, o creme é marfim. Tem forte aroma que me fez ficar com água na boca! Ele exala pelo copo!

Seu sabor é de média complexidade, um pouco menor às belgas tradicionais neste aspecto, não deixando de ser deliciosa. É de excelente Drinkability, bem mais que as originais. É doce e de duração média no sabor. O álcool está equilibrado, sem deixar marcas excessivas.

A considero uma ótima pedida e não exitarei em degustá-la em uma nova oportunidade. É uma boa forma para a introdução no estilo belga pois ela proporciona uma percepção  mais fácil nos sabores adocicados.


DaDo Bier Belgian Ale
Família: Ale
Tipo: Belgian Golden Strong Ale
Apresentação: Garrafa de 600ml
Graduação Alcoólica: 8.5% ABV
Origem:  Brasil
Fabricação: Porto Alegre
Comprada: Supermercado
Preço Médio: R$ 7,50
 

quarta-feira, 31 de março de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

Cerveja e Arte

Mostra reúne obras inspiradas em cerveja na Espanha:

Uma mostra em Madri reúne obras de artistas sobre cerveja. Na foto, a obra 'Cerveja Cruzcampo seleção especial', de Ana Soler.

 
Fernando Bellver inspirou-se no pintor Pablo Picasso para homenagear a cerveja Amstel.
 

A maioria é da Espanha, mas há estrangeiras também. Na foto, a cerveja Ambar Green, de Alfredo Garcia Revuelto.


A mostra 'Cerveja e Arte' está em cartaz na Galeria Gaudí. Esta é a 'Cerveja Reina' de Juanmi Marquez.






Fonte: http://noticias.br.msn.com

terça-feira, 16 de março de 2010

Backer Brown - Aroma de CHOCOLATE




Esta foi a segunda cerveja que tive  a oportunidade de provar da microcervejaria mineira Backer. Sempre com rótulos muito bonitos e algum atrativo a mais. Neste caso, o chocolate!

Rapidamente derramei-a no copo. Sua cor é marrom-escura, o colarinho é médio e de rápida duração. O aroma de chocolate  é bem forte e faz o mais pessimista dos cervejeiros ficar com água na boca  e com anseio de saboreá-la. Ao primeiro toque ela apresenta inicialmente um leve amargo com um doce seco no final. É um sabor muito interessante, inclusive aos apreciadores de chocolate. Também contém malte torrado. É suave e passa pouco tempo nas papilas. 

A Backer Brown cai muito bem com sobremesas, principalmente para uma harmonização por semelhança com doces de chocolate.

Origem: Brasil - Minas Gerais 
Família: Ale
Tipo: Brown/Escura
Graduação Alcoólica: 4,8% vol
Onde encontrar: cervejarias especializadas.
Preço Médio: R$ 6,00


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Femsa traz novidades ao Brasil

A cervejaria Femsa, hoje pertencente ao grupo Heineken, traz cinco cervejas novas ao Brasil:
  • Amstel Pulse, da Holanda: pilsen.
  • Birra Moretti, da Itália: laguer italina.                         
  • Edelweiss, da Áustria: weiss beer.
  • Murphy’s Irish Stout, da Irlanda: stout.
  • Murphy’s Irish Red, da Irlanda: red ale.
                         

É uma excelente notícia aos amantes das boas cervejas e mais uma prova que há um grande público a procura de bebidas diferenciadas e de qualidade. Elas serão disponibilizadas nos melhores supermercados e lojas especializadas ainda este mês. Espero que a distribuição atinja todo o país e não somente Sul e Sudeste. A Femsa adiantou uma estimativa de preço que cai muito bem em todos os bolsos:

Amstel - R$ 3,99

Birra Moretti - R$ 3,99

Edelweiss - R$ 9,80

Murphy's Red - R$ 5,99

Murphy's Stout - R$ 10,70



Fonte:

http://www.s2.com.br/

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Isenbeck - Pilsen Premium

Analisada no dia 19/01/2010 em uma loja de conveniências às 21:33h.

A Isenbeck é a primeira cerveja Pilsen Premium da Argentina. Propõe-se a fazer um produto elaborado com matérias primas selecionadas: puro malte de cevada, lúpulo escolhido e a pura água das Cordilheiras dos Andes (marketing). Também não contêm antioxidantes e conservantes.






Mas, falando em marketing, qual seria a intenção de se exibir em um rótulo um homem tomando cerveja montado em um cavalo?! Tenho certeza que você já deve ter se imaginado tomando uma gelada em muitos lugares menos na cela de um cavalo e definitivamente, não iria ser uma tarefa fácil. Talvez seria algo como "caio mas não derrubo o copo?", ou , "Se beber não dirija, cavalgue!" ??? Enfim, é uma cerveja argentina.


À vista inicial me pareceu uma cerveja artesanal, poucos dizeres e rótulo bem simples, confesso que achei feio, mas tudo bem, são estas que apresentam os melhores conteúdos.


Sua aparência é clara, brilhante, borbulhante e boa quantidade de creme (espuma). Sem precisar aproximar muito percebi um odor firme, malte. O sabor é agradável, é fácil de beber (drinkability), refrescante, mas senti falta de algo para deixá-la mais forte ou mais "Premium". Após beber, o copo exalou malte, me fazendo ter mais certeza que faltava algo. Os mestres cervejeiros acusaram facilmente: faltou lúpulo para equilibrá-la.

Tendo minha dúvida sanada eu me habilito a compará-la à Pilsen da Eisenbahn, de Blumenau. Esta, sendo apenas Pilsen, é tão suave quando a Isenbeck que se intitula Pilsen Premium, mas a nacional é claramente mais equilibraba  no aroma e no sabor, até para a percepção de iniciantes como eu.

Warsteiner - Premium Verum



Contemplada no dia 18/01/2009 ás 21:29.


A Warsteiner é uma cervejaria fundada em 1753 na alemanha, porém os exemplares distribuídos na América do Sul são atualmente fabricados na Argentina sob licença da mesma. É uma cerveja de baixa fermentação ou "Lager" e do tipo "Pilsen". Pode ser encontrada em embalagens de 355ml e 1 Litro.



No copo ela demonstra uma tradicional cor clara com boa quantidade de espuma. O aroma é suave, para não dizer fraco, trazendo o malte de forma mais proeminente. O sabor é agradavelmente amargo, como deveria ser uma Pilsner alemã, mas também se mostrou muito fraco. Após o gole sente-se frescor e leve sabor metalizado. É uma boa cerveja e tem mais sabor que as "Pilsen" nacionais, todavia espera-se mais de uma verdadeira Pilsener.

Seu custo-benefício é bom e sua superioridade às "Pilsen" produzidas em larga escala no Brasil faz-lhe uma boa pedida, mas nada de extraordinário.


Warsteiner - Premium Verum

Origem: Alemanha
Fabricação: Argentina
Família: Lager
Tipo: Pilsen
Teor alcoólico: 4,8% vol
Valor médio: R$12,00 1 Litro.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Devassa Ruiva

Desculpem-me, mas hoje digitarei de copo cheio. Sim, são 19h e a ruiva está gelada ao meu lado. Enquanto aguardo sua temperatura chegar à ideal, entre 4 e 6 ºc, comentarei  sobre esta devassa.

Ela é uma Pale Ale. "Pale" é a família das cervejas e cor clara, significa "palha" ou cor semelhante a de palha. "Ale" é o gênero das cervejas de alta fermentação, são produzidas em temperaturas altas e as leveduras se deslocam para parte superior no final do processo. É uma das mais antigas formas de produção de cerveja, resulta em sabores e aromas mais complexos e  bem distante das populares "Lagers",  que são a grande maioria na produção nacional, estas são bem mais atenuadas, mais suaves e sem personalidade, assim criando um falso estigma em nosso país de que "cerveja é tudo igual".   
A Devassa Ruiva levou pela primeira vez a cervejaria carioca a um prêmio internacional, ela recebeu medalha de bronze na categoria British Style Pale Ale do Australian International Beer Awards 2009. 

Como se vê, de tímida ela não tem nada e se diz:  tudo o que as outras cervejas gostariam de ser, mas morrem de vergonha!

No copo ela já se mostra linda, atrai pela cor, quente, acobreada. O aroma propõe um tom agradável de malte adocicado e um leve amadeirado, este também pronunciado no sabor. É uma Pale Ale bem original, bem difícil de se comparar com, por exemplo, a Pale Ale igualmente nacional da Eisenbahn, que atrai mais os sabores frutados e especiarias.

Dentre as Devassas tem sido a minha favorita, é fácil de beber, equilibrada, leve amargor e média doçura, retrogosto curto que incentiva você a "empurrar" mais um gole para dentro.


Enfim, o único arrependimento que tive foi o de ter apenas uma na geladeira e ter que terminar este post com o copo vazio.

Devassa Ruiva

Origem: RJ - Brasil
Família: Ale (Pale)
Teor alcoólico: 4,8% vol
Temperatura ideal: 4º - 6º
Valor médio: R$4,00 355 ml.




sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Urina do Diabo III

                 Continuando a demonologia da cerveja, temos a Francesa BELZEBUTH, fabricada pela Grain d'Orge. Esta bebida atinge incríveis 15% de álcool por volume, sendo uma das mais fortes "brejas" do mundo.












Feita para "possuir" rapidamente o degustador, chegou ao Brasil em uma versão "light", com 13% vol. (rs)









A cervejaria canadense UNIBROUE tem dois produtos campeões no The Beverage Testing Institute of Chicago.

A MAUDITE, cerveja  tipo Strong Ale, com teor alcoólico de 8% e tempo de guarda mínimo de 5 anos.












E a LA FIN DU MONDE, golden ale triplamente fermentada e refermentada na garrafa, atinge 9 % alc./vol. Seu tempo de guarda é de 8 anos ou mais.








LA BIÈRE DU DÉMON,  Strong Ale densa e com bastante presença de malte, fermentada por 15 dias antes de ser engarrafada. Como a própria marca diz: 12 graus de prazer diabólico!


















No Estado da Califónia, U.S.A, a Devil’s Canyon Brewing Company  fornece duas opções maléficas:

DEVIL´S CANYON                                                             LAGER DIABLA

Estilo: Scotch ale                                                                   Estilo: Premiun American
7.4% alc./vol                                                                         5.4% alc./vol
Sabor: fácil percepção do malte e caramelo.










                                                            
Ainda nos Estados Unidos da América:

SIXTH GLASS

Estilo: quadrupel
Teor alcc.: 10%