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sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Degustação: Bear Beer Extra Strong

A Cervejaria Darguner Brauerei está localizada em Dargun, Alemanha, mas traz sua história se iniciou em 1883 na Dinamarca. A trajetória que teve inspiração inicial no monges dinamarqueses, hoje possui as cervejarias Brygggeri Harboes na Dinamarca, a Darguner na Alemanha e a Olu Viru na Estônia, tendo seus produtos importados para mais de 50 países ao redor do mundo.

A Extra Strong  é a cerveja com maior teor alcoólico da fabricante e leva Xarope de glicose em sua produção para atingir este elevado teor.

Características:

Aparência: Coloração dourada, boa formação e  média duração do creme.

Aroma: Proeminente, malte, álcool, frutado. Doce.

Sabor: doce e quente, muito malte e álcool. Média carbonatação e encorpada. Final licoroso, sutil amargo, doce.

Percepções pessoais:

Esta cerveja já se mostra imponente ao estampar os 12% de álcool em seu rótulo, mas declara a adição de Xarope de glicose em sua fórmula, o que certamente a deixa em um valor bem mais acessível do que seria se utilizasse outros meios para deixar a cerveja "quente". 


Ela tem boa aparência, o creme branco se forma em bom volume e dura satisfatoriamente. Seu aroma é perfumado e tem predominância de tons doces, frutados e álcool. Ao primeiro gole é não espanta, não é agressiva. Tem potência mas não desaba em nenhum sabor. A proposta do álcool é certeira, está em evidência, mas contamina. Boas doses de malte ponderam seu calor e não se tornam enjoativos após vários goles, é uma proeza, sem dúvida. Sua carbonatação é equilibrada e o corpo bem ponderado ao estilo. O final traz textura licorosa, é doce, mas apresente leve amargor. Apesar de forte, proporciona excelente fluência ao se beber. 

É uma cerveja para poucos e suavidade não é sua proposta, mas nem por isso é um líquido desagradável. Quer uma cerveja forte a baixo custo? Esta é uma ótima opção. Nota 8,0.


Informações Adicionais:

Fabricante:   Darguner Brauerei .
Origem: Bélgica.
Família: Lager.
Tipo: Malt Liquor
Graduação Alcoólica: 12%.
Temperatura ideal: 8 a 10º C.
Copo: Tulipa.
Preço: R$ 8,00 - 500ml.
Onde comprar: Empório Santa Cruz

sábado, 18 de agosto de 2012

Projeto susta decreto que altera tributação de água, cerveja e refrigerante


FT.:Leonardo Prado
Tramita na Câmara o Projeto de Decreto Legislativo 638/12, do deputado Marcon (PT-RS), que susta o Decreto 7.742/12, que alterou as tabelas de incidência de IPI, PIS/Pasep e Cofins para o setor de bebidas frias (água, cerveja, energéticos e refrigerante).
Marcon argumenta que a tabela formulada pelo governo não promove a justiça tributária no setor e privilegia as grandes empresas de refrigerantes. Segundo o deputado, é preciso sustar o decreto para preservar os empregos gerados pelos pequenos fabricantes.
“A Constituição, em seu artigo 170, institui como princípio da ordem econômica que o tratamento favorecido deverá ser conferido às empresas de pequeno porte, e não às grandes empresas transnacionais”, afirma.
Tramitação
Antes de ir a Plenário, a proposta será examinada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Oscar Telles 
Edição – Pierre Triboli



terça-feira, 14 de agosto de 2012

Degustação: Pauwel Kwak

Pauwel Kwak era um cervejeiro que possuía um pub chamado "De Hoorn" na cidade belga de Derdemonde  no final do século XVIII. A cidade tinha grande fluxo de carruagens e carroças, e existia uma lei que proibia que os carroceiros e choferes bebessem com os passageiros, diante do fato, Pauwel teve a ideia de criar um suporte que ficava preso às carruagens ou nos alforges dos cavalos, que encaixava um copo chamado Yard (jarda), devido ao seu cumprimento. Seu formato, com uma esfera no fundo, impede que o líquido derrame e permite ser levado em viagens. Sua fabricante, a cervejaria De Hoorn'inn', também produz as famosas cervejas Tripel Karmeliet e DeuS.

Características: 

Aparêcia: cor de cobre, creme de média formação e duração. Cristalina.

Aroma: maltes, frutado, picante. Doce.

Sabor: malte, frutado, frutas vermelhas, caramelo, doce, leve amargo e sutil aquecimento. Alta carbonatação, médio corpo e final doce.

Percepções pessoais

A degustação desta cerveja em seu próprio copo é como viver um pouco da história, e mais uma prova que cerveja não se ressume à água, malte lúpulo e companhia. O líquido completa com perfeição o copo, formando um creme abundante, mas de média duração. A coloração é fechada devido ao malte tostado, o aroma é perfumado, com predominância do malte, mas já apresenta tos frutados eleve álcool. Na boca, o primeiro contato com a cerveja é macio e levemente licoroso. Ela tem boa harmonia entre maltes, leveduras e lúpulo, formando um conjunto bem maltado, floral(lúpulo) e frutado. O álcool está muito bem inserido e aquece o conjunto. A carbonatação é alta, com bolhas emergentes durante toda a degustação. O corpo é médio (bom) e o final curto e doce. O retrogosto é agradável, com ótimo drinkability. Nota: 8,5.

Curiosidade:
Fonte/Foto:  Virtualtourist 





O copo Yard originalmente mede 01 Jarda, o equivalente a 91,44cm, sendo mais comum nos dias atuais o de 25cm.


Informações Adicionais:

Fabricante:  De Hoorn'inn' .
Origem: Bélgica.
Família: Ale.
Tipo: Belgian Strong Golden Ale
Graduação Alcoólica: 8.4%.
Temperatura ideal: 5 a 7º C.
Copo: Yard Kwak.
Preço: R$ 26,00 - 300ml.
Onde comprar: Empório Santa Cruz

domingo, 12 de agosto de 2012

O segredo da Ambev

Confira uma parte da excelente matéria feita pela revista Isto É Dinheiro no mês de julho/2012, que exibe  de forma clara o potencial do Brasil no setor de bebidas, uma evidente monopolização do mercado, o porquê do governo atual estar agindo como um devorador de impostos e a possibilidade de fragmentação deste mercado.


Por Rosenildo Gomes FERREIRA
A Ambev se tornou a empresa privada de maior valor de mercado entre as companhias negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Essa posição se cristalizou nos últimos quatro meses, quando a empresa superou, de forma contínua e consistente, a poderosa Vale. Levando-se em conta o fechamento do pregão da quinta-feira 26, a dona de Antarctica, Skol e Brahma vale R$ 215,14 bilhões, enquanto a mineradora está avaliada em R$ 184,6 bilhões. Mais. A cervejaria brasileira também está se aproximando de sua controladora, a AB Inbev (R$ 255,7 bilhões). Mesmo para os gestores da Ambev, acostumados a lidar com cifras superlativas, esse feito é relevante. 

“Em um ambiente desafiador, a musculatura financeira e o portfólio de marcas da Ambev funcionam como um diferencial em relação à concorrência”, afirma Ricardo Boiati, analista de consumo, varejo e bebidas da Bradesco Corretora. Pelo lado das despesas, a companhia, conhecida por sua obsessão em relação aos custos, tratou de reduzi-los ainda mais. Fez isso por meio da ampliação dos leilões eletrônicos para aquisições de insumos. O sistema, que era usado somente para comprar itens como mesas e cadeiras distribuídas para os bares, foi estendido para todas as 20 categorias de produtos adquiridos pela cervejaria, incluindo matérias-primas nobres, como o malte. A metodologia e a capacitação dos fornecedores foram desenvolvidas pelos executivos da Ambev.

Os analistas também destacam a política de hedge cambial adotada pela Ambev, cujos contratos são assinados por um período médio de 12 meses. “Isso a protege das oscilações do dólar”, afirma o analista do Itaú BBA. Para se manter na trilha do crescimento, o presidente da Ambev definiu como prioridade a manutenção de boa parte dos investimentos, estimados em R$ 2,5 bilhões em 2012, na região batizada por ele de Noneco, junção das siglas de Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A meta é privilegiar o Nordeste, onde o consumo da maioria dos produtos, inclusive de bebidas, vem crescendo acima da média nacional. 

De acordo com a consultoria Lafis, de São Paulo, os nordestinos beberam um volume 7,4% maior de cerveja no primeiro semestre deste ano, em relação a igual período de 2011. No Sudeste, o avanço foi de apenas 4,2%. “Trata-se de um mercado mais maduro e, por isso, é natural que as taxas sejam menores”, afirma a analista Ana Carolina Boyadjian, especialista em bebidas da Lafis. O Nordeste é hoje o segundo maior mercado de cerveja, com 19,1% da receita de R$ 22,3 bilhões obtida pelo setor no primeiro semestre deste ano. Para aproveitar ainda mais esse boom, a Ambev está reforçando suas trincheiras na região. Em 16 de julho, Castro Neves foi a São Luís para cortar a fita de inauguração da fábrica e do centro de distribuição.
 
“O domínio da Ambev é ruim para o consumidor”, afirma Ana Carolina, da Lafis. “Como a empresa possui a maior fatia do mercado, ela dita os preços e acaba sendo seguida pelas rivais.” O mercado cervejeiro está acostumado às brigas entre as empresas, que resultaram em processos no Cade, encarregado de zelar pela concorrência. A Ambev já respondeu a 22 processos, a Schincariol foi ré em dez ações, a Petrópolis em seis e a Heineken em três. Todos eles acabaram sendo arquivados. Segundo empresários do setor, a chegada de Kirin e da Heineken também serviu para uma mudança no nível da concorrência. “Os chutes na canela têm sido cada vez mais raros”, diz um empresário. É agora que o modelo Ambev deve ser mais exigido. 

Veja a matéria completa AQUI.