No Instituto
de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP), o
laboratório coordenado pelo professor Douglas Wagner Franco tem como objeto de
estudo a aguardente de cana - a popular cachaça. Criado em 1993, o Laboratório
para o Desenvolvimento da Química da Aguardente (LDQA) estuda as reações
envolvidas no processo de envelhecimento da aguardente a partir de análises
químicas e sensoriais dos produtos, que chegam de todas as partes do Brasil às
mãos dos pesquisadores.
"Os
resultados nos levaram a um conhecimento maior da química da aguardente e
chegamos a assessorar o Inmetro e o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa) na elaboração das normas atuais", destaca Franco. No
laboratório, trabalham pesquisadores das áreas de graduação e pós-graduação em
química, que atuam no processo de produção aplicando conhecimentos de química
analítica. O local, no entanto, não sedia nenhuma disciplina do curso,
funcionando exclusivamente para a pesquisa científica.
A partir do
desenvolvimento das pesquisas, o IQSC criou uma habilitação para o curso de
química que, além do currículo básico, direciona os estudos para a parte de
alimentos. Além disso, Franco diz que o LDQA é o único laboratório de
universidades federais dedicado exclusivamente a estudar a química fundamental
da aguardente e promover a aplicação dos resultados no produto final. "É
isso que a gente busca aprender, e é isso com o que a gente procura trabalhar",
considera.
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