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domingo, 25 de novembro de 2012

Degustação: Coruja Alba Weizenbock


Fundada em 2004, a "Bebidas Coruja LTDA" é uma das referências em cervejas artesanais no Rio Grande do Sul, sempre trabalhando com produtos diferenciados e  qualidade superior. A Alba Weizenbock é a cerveja da vez, saiba mais sobre ela.


Características:

Aparência: Líquido com cor de cobre, turva e com partículas em suspensão. Creme de boa formação, beje, denso e de boa duração.

Aroma: Caramelo, banana, frutado, herbal, lúpulo, condimentos (frutas cristalizadas e cravo) e leve álcool.

Sabor: Malte caramelado, banana, trigo, frutado, tostado, lúpulo, álcool. Média carbonatação, textura macia, final aquecido, boa drinkability.


Percepções pessoais:

Cerveja com ótima apresentação, sua bela coloração que vai do cobre ao marrom claro, com creme de  boa formação e duração. O aroma tem composição de boa complexidade para o estilo e traz notas tradicionais de caramelo, banana, trigo e leve cravo, adicionadas a tons herbais e frutados, com fina presença alcoólica. O sabor inicia doce e se apresenta aquecido e levemente picante. Fenóis de banana e trigo abundantes e lúpulo marcante ela deixa os sabores tostados em segundo plano. Sua carbonatação é média/baixa e o líquido tem textura macia. Apresenta bastante frescor e seu final é moderadamente amargo e de média duração. Sua drinkability é boa e une o frescor do trigo com a notas de torrefação. Seu estilo combina com pratos pesados da culinária alemã, como carnes fortes e também com grelhados. É uma boa representante do estilo no Brasil. Nota 7,75.

Informações adicionais:

Origem: Brasil.
Tipo: Weizenbock
Graduação Alcoólica: 6,8%
Temperatura ideal: 05º a 07º C
Copo: Weizen.
Site: 
http://www.coruja.com.br
Volume: 500ml
Preço médio: R$16,00




sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Wäls lança cerveja de cana :

A cervejaria mineira Wäls, comandada pelos irmãos José Felipe Carneiro, 25, e Tiago Carneiro, 29, vai dar um toque tupiniquim à popular fórmula de água, malte de cevada, lúpulo e levedura, e acrescentar cana-de-açúcar na produção da “gelada”. 

O primeiro lote da produção da cerveja de cana, que chegará ao mercado com o nome de Saison de Caipira, estará sob a responsabilidade de uma das maiores autoridades na bebida do mundo. Garrett Oliver, da norte-americana Brooklyn Brewery, desembarca em Belo Horizonte no sábado para dar o pontapé inicial na produção da "cerveja mais brasileira de todas".

A projeção é de que a garrafa de 375 ml chegue ao consumidor final em dezembro, com o preço de R$ 18. Mas, para quem perder não der nem um gole nos 2 mil litros iniciais, a Wäls tem um alento. Passado o primeiro lote, a cervejaria mineira pretende manter a Saison de Caipira no portfólio, com uma produção de até 20 mil litros por ano. A Wäls estuda, inclusive, a possibilidade de exportar a cerveja de cana.
Produção à mineira
Para dar à cerveja o toque mais brasileiro da cachaça, a Wäls fechou uma parceria com o grupo mineiro Vale Verde, responsável pela produção de uma das cachaças mais tradicionais do país. Eles fornecerão à cervejaria um lote de cana-de-açúcar especial, com um dos melhores “brix” do mercado. O “brix” é um índice que mede o teor de sacarose da cana, que, no caso da Vale Verde, chega a 23%.
Segundo José Felipe, a Wäls investiu R$ 80 mil na produção do primeiro lote da bebida. Até o processo de moagem da cana será diferenciado. No primeiro lote, a Vale Verde vai fornecer 1 tonelada de cana para a Wäls. “A ideia é que essa cana se transforme em aproximadamente 400 litros de caldo.”O resultado da primeira cerveja de cana, claro, ainda é uma incógnita. Mas a expectativa é grande. “Esperamos um aroma muito frutado”, diz José Felipe. Mas, apesar do toque doce do caldo-de-cana, o teor alcoólico da Saison de Caipira deverá ficar entre 6% e 8%, acima dos 4% da cerveja tradicional.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Teor alcoólico, equilíbrio e sabor:


Um dos objetivos deste blog é acabar com vários mitos sobre a cerveja que estão fomentados na mente da pessoas. Um deles é a confusão entre a complexidade  e equilíbrio do sabor e o teor alcoólico. É muito comum ouvir falar nos botecos uma velha discussão sobre qual cerveja seria a mais "forte", com intuito de  se afirmar qual seria a mais inebriante. Sendo que todas as opções de cervejas disponíveis no boteco possuem o mesmo teor ou uma diferença imperceptível mesmo aos paladares mais apurados. Outro frequente equívoco é associar características como amargor ou adstringência com a "força" da cerveja, quando na verdade o equilíbrio entre os ingredientes é a fórmula para uma cerveja se tornar mais ou menos fácil de ser bebida, ou , mais ou menos agressiva ao paladar menos treinado. Dependendo de sua composição temos cervejas com elevado teor alcoólico, mas com sabor doce, com predominância dos maltes, e cervejas amargas e/ou adstringentes mas com uma pequena proporção alcoólica.

Ronaldo Morado elucida em seu livro "Larousse da cerveja":

O álcool geralmente não é percebido quando em quantidades inferiores a 6% por volume. Em concentrações baixas ele favorece o sabor e intensifica certos aromas e perfumes.

O Brasil, devido ao seu clima e cultura cervejeira, produz poucos exemplares com alto teor de álcool como a  Baden Baden Red Ale e a Perigosa IPA com 9,2%, a Eisenbahn Lust com 11%, ou a artesanal Anner maria degolada special  com 14%, cervejas as quais o sabor do álcool passa despercebido em algumas ou fica evidente em outras.

Hoje, têm-se como valores para avaliação os seguintes dados:

- Sem álcool: menos de 0,5%.
- Baixo teor: entre 0,5 e 2,0%.
- Médio teor: entre 2,0 e 4,5%.
- Alto teor: entre 4,5 ou mais.

O teor é obtido durante o processo de fermentação, onde ocorre a transformação através das leveduras de açúcares  em CO² e Etanol. É comum ocorrer a refermentação na garrafa para se conseguir níveis mais altos e sabores mais pronunciados. O percentual de álcool influencia mais na transformação dos sabores do que na sua própria aparição dentro deles. Sua presença  de forma demasiada no sabor pode ofuscar outras características do líquido a ser bebido. Existem boas cervejas com alto teor e com poucas notas de álcool no paladar como a Eisenbahn Strong Golden Ale com 8,5%, onde predominam lúpulo, malte e as especiarias, depois o álcool.

O sabor de uma cerveja se dá pelo conjunto de vários fatores como o processo fermentação, materiais usados: lúpulo, malte, cevada, etc. A quantidade desse extrato também é fator importante, são consideradas da seguinte forma:

- Cerveja leve, a que apresentar extrato primitivo igual ou superior a 5% e inferior a 10,5%.

- Cerveja comum, a que apresentar extrato primitivo igual ou superior a 10,5% e inferior a 12,5%.

- Cerveja extra, a que apresentar extrato primitivo igual ou superior a 12,5% e inferior a 14,0%.

- Cerveja forte, a que apresentar extrato primitivo igual ou superior a 14,0%.

 Assim, na maioria dos casos, a quantidade de álcool não é a maior influencia no sabor, sendo apenas mais um elemento característico, que pode acrescentar ao líquido características mais quentes ou picantes.

Com esse falso conceito quebrado, neste site 50 Strongest Beers In The World , pode-se conhecer uma lista das cervejas mais embriagantes do mundo.


Uma das mais potentes neste quesito é a  Sink the Bismarck, produzida pela BrewDog possui incríveis 41% ABV! Ela pode derrubar facilmente o mais hábil bebedor de pinga! Seu nome significa "afunde o Bismarck", referência a um navio alemão da segunda guerra, que também intitulou um filme inglês na década de 60. Ela pode ser adquirida no site do fabricante (http://www.brewdog.com/) por £40.00.

A atual campeão é também de uma cervejaria escocesa, a Brewmesiter, ela está lançando uma cerveja com 65% de álcool – o nome, sugestivo e quase redundante, é Armageddon. 

"O líquido é um pouco mais viscoso que o normal e a receita leva malte caramelo, trigo, aveia em flocos e água de nascente. O segredo para a quantidade ignorante de álcool não está nos ingredientes, mas em um pequeno detalhe do processo de fabricação: em dado momento, a mistura toda vai pro freezer e como a água congela, mas o álcool não, o excesso de água é retirado, fazendo com que a porcentagem de álcool dispare." 

Como toda boa cerveja, deve ser degustada atenciosamente e com moderação.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Degustação: Baladin Wayan

Mais uma criação do cervejeiro italiano Teo  Musso, Wayan, é nome de sua filha. Ela tem como ingredientes trigo, trigo sarraceno, centeio, coentro, casca de laranja e especiarias. Seu estilo , "Saison" ou "Season", significa "estação do ano" ou "temporada". Ele surgiu no sul da Bélgica, onde era produzido no inverno e primavera e guardada para ser consumida no verão, nos dias mais quentes.

Características:

Aparência: Líquido dourado, com partículas em suspensão. Creme de boa formação, bastante aerado e curta duração.

Aroma: Cítrico, laranja e abacaxi. Cereais, coentro e especiarias.

Sabor: Cítrico, condimentado suave, especiarias. Alta carbonatação, sensação frisante. Leve acidez, retrogosto curto e pouco adstringente.


Percepções pessoais:

Esta saison de cor dourada, clara, apresentou um creme branco, abundante e breve. No líquido foi possível perceber a presenças de partículas de fermento em suspensão e uma boa quantidade de bolhas emergindo. Seu aroma, com predominância cítrica, também possui traços florais e de especiarias. O sabor é suave e complexo. Há equilíbrio entre o doce e o amargo e alguma acidez suavizada pela refrescância da elevada carbonatação. Seu final é semi seco e levemente adstringente. É uma cerveja ímpar e merece ser conhecida. Nota 8,0.


Informações adicionais:

Origem: Itália.
Tipo: Saison
Graduação Alcoólica: 5,8%
Temperatura ideal: 10º a 12º C
Copo: Taça, tulipa, goblet.
Site: 
http://www.baladin.it
Volume: 750ml
Preço médio: R$55,00

Conheça a história da Cerveja Guinnes:


sábado, 3 de novembro de 2012

Degustação: Bacchus Frambozenbier

A Bacchus Frambozenbier é produzida pela cervejaria belga Van Honsebrouck. Seu estilo é bastante particular, pois à primeira vista pensa-se ter uma cerveja tipo Fruit Lambic, ou seja, uma cerveja com frutas (não de frutas), onde pega-se uma Lambic e durante a fermentação é adicionado uma quantitativo de frutas que varia entre 10% a 30%,trazendo ao líquido sabores azedos e mais ácidos, processo usado na feitura da Bacchus Frambozenbier, mas que resulta em uma cerveja bem mais doce e menos ácida, com os sabores da fruta em destaque, que de fato se aproximaria mais de uma cerveja tipo Fruit Beer. Polêmicas de lado, vamos às peculiaridades. 

Características:

Aparência: creme médio, de curta duração, cor marrom com bordas avermelhadas.

Aroma: média soltura, doce, framboesa, cítrico, leve lúpulo.   
Sabor: doce, framboesa, leve ácido, cítrico, álcool, final seco, alta carbonatação, corpo médio, leve adstringência. 

Percepções pessoais:

Esta belga vem engarrafada em um vidro verde e liso, fechada por uma bela tampinha lilás. A embalagem é feita em papel vegetal trazendo o rótulo e as informações necessárias. No copo ela apresenta um breve colarinho beje que deixa apenas uma fina camada. Seu aroma adocicado traz bastante framboesa, frutado, leve cítrico e lúpulo em segundo plano. O sabor segue o aroma, em um conjunto equilibrado, entre dulçor, álcool e leve azedo, mas com predominância dos tons doces. Ela chega a ser bem mais natural que outras representantes do estilo, tanto das Fruit Beers quanto das Fruit Lambics. Tem o corpo médio, alta carbonatação com sensação frizante e leve adstringência. Seu final é doce e levemente azedo. É uma boa cerveja para gostos específicos, pessoas que apreciam sabores doces e para quebrar paradigmas que as cervejas tem que ser amargas. Nota 8,0.

 Informações adicionais:

Origem: Bélgica
Tipo: Fruit Lambic
Graduação Alcoólica: 5,0%
Framboesa: 12,5%
Temperatura ideal: 3º a 7º C
Copo: Tumbler, tulipa, flute, taça.
Site: http://www.vanhonsebrouck.be
Volume: 375ml
Preço médio: R$30,00